Com o passar do tempo, graças a cruel e companheira tensão pré-menstrual, bem como combinada com uma dose extra forte de um destilado dos mais venenosos denominados de pressão e opressão da vida íntima, eis que percebo o quanto meu coração é como um João Bobo, com uma leve pitada de opinião alheia que realmente vive em meu percalço.
Isso mesmo. Foi exatamente o que você leu: João Bobo.
Sabe? Lembrou-se da nostálgica infância?!
Aquele brinquedo, o qual considero o mais chato de toda galáxia brinquedológica infantil, que fica balançando de um lado para o outro constantemente.
Pois é.
Por muito tempo meu coração e minha vida caminharam neste descompasso rítmico.
Até que um dia, depois de sucessivas pancadas que os levavam a andar de um lado a outro, o meu coração resolveu murchar logo após um irremendável socono qual a árdua e marginal mão tinha um dedo em especial com um promeniente anel-agulha capaz de furar o mais duro dos bonecos infláveis.
Foi assim que meu coração murchou, nunca mais foi o mesmo.
Hoje perambula deficiente sempre apoiando-se aos cantos, fazendo com que o João Bobo exclusivamente cambaleie apenas em uma direção.
Gostaria de saber qual é a receita ou formato que teriam condições de consertar até o mais chato de todos brinquedos da galáxia, isto é, meu coração e/ou minha vida.
Se alguém souber, solicito encarecidamente remediar tal situação.
Receio pelo triste e impiedoso falecimento.
Grata
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