Arquivo do mês: setembro 2011

Primaveras

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Tinha um post todo na minha cabeça enquanto adormecia. Deveria ter anotado. Acredito que lembrarei perfeitamente. Vamos lá com fé.
Mais um ano que se completa, algumas reflexões e decisões feitas.
Quando me decido sou assim: não volto atrás, só sigo em frente.
Confesso (mais uma confissão aberta aqui – e já foram tantas né?), sou um tanto quanto indecisa, preciso analisar minuciosamente as posições, bem como as consequências delas decorrentes, pois quando me decido, encaro de frente tudo o que ocorre. Deve ser coisa de libriana ferrenha.
De outro lado, infelizmente, inúmeras coisas que até ocorrerem para mim era inimagináveis: perdi quem eu mais amava e confiava por ferirem e me ferirem também.
Por incrível que pareça até aquele momento estava serene e totalmente adulta. Completamente abalada, é claro mas quem não estaria?

 

Ainda me restavam algumas pessoas queridas que não me deixaram entrar em ostracismo e sucumbir ao choque.

Igualmente, perdi o chão quando briguei e me desentendi com meus melhores amigos. Estava sozinha de fato: sem voz, sem amparo. Tive que aprender sozinha.
Foi a minha pior lição e superada. Só que depois de tanta maturidade, resolvi que outra vez, era necessário que eu retomasse um pouco da irreverência por assim dizer: conclui que a vida é muita curta; a qualquer momento pode ser reduzida a termo por futilidades, ciúmes
e inveja (sim meus caros leitores tive a pior prova de que a inveja mata sim, não é mero ditado popular – bem que eu gostaria); sorrir é o melhor remédio; fazer o que se gosta; sentir-se bem é a beleza da alma…
Me perdi como nunca, não acreditava ou mesmo reconhecia o meu reflexo no espelho: esta não era eu, ou melhor, não sou eu.
Adaptei-me como tantas vezes já fiz.
Tentei, me arrisquei, perdi. Escorreguei até ao ponto que considerava como fundo do poço.

Outra surpresa: não era. Estava apenas  apoiada a um suporte, o pior ainda estava por vir.
Até finalmente chegar ao fundo do poço ao ponto de nem saber quem eu sou. Tive que retomar as minhas origens. Fiz pazes com meu passado, aceitei o que ocorreu mas não sou tão evoluída ao ponto de perdoar total e completamente o que me ocorreu. Não evoluí espiritualmente tanto. Talvez, este seja o próximo passo, quem pode saber?
 Compreendi em parte o meu destino: descobri-lo e absorver o que me aconteceu para superar e seguir procurando pelo melhor que a vida pode me proporcionar é a melhor primavera de todas!
A beleza das primaveras é saber florescer depois de um outono desnudante para se preparar para o inverno que é frio, congelante e paralisante, bem como ter a certeza no sol do amanhecer que em breve chega o verão e o ânimo muda para um belo dia ensolarado!!!

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Tempo precioso

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Na nossa correria diária, é comum não encontrarmos tempo para nada. Muito menos meditar.
A vida é extremamente agitada.
Não conseguimos desacelerar.
Em um momento bem conflitante e sedentário da minha vida, depois de inúmeras matrículas em academias para abandonar no terceiro mês (ainda bem que a genética foi generosa comigo! Valeu pai e mãe!), resolvi tentar o Pilates que a minha musa na carreira de advocacia fazia e adorava. De tanta insistência dela, fui onde ela frequentava e foi amor à primeira vista.
Entendi o porquê não me dava com a musculação.
Aquele ritmo frenético do ambiente das academias me sufocava, era agonizante ir e fazer exercícios para fingir descaradamente para o instrutor que tinha completado a série de 3 com 15 repetições cada.
Retornava da academia e das aulas mais acelerada.
Com o Pilates, não há suor, mas não se enganem ao supor que os exercícios são fáceis.
Muito pelo contrário, exigem mais de mim do que um leg press. Preciso da minha total concentração e coordenação para executar qualquer exercício. Se não fizer isso, caio, literalmente.
Deste modo, quando estou no Pilates me desligo de tudo e me concentro em uma hora voltada exclusivamente ao meu bem-estar. É o meu momento.
Também aprendi técnicas de respiração – inspirar e expirar corretamente para a execução perfeita – facilita muito.
Não é monótono, sempre é um circuito diferente e a cada aula aumenta o grau de dificuldade. Ocorre uma superação gradual do desenvolvimento corporal, bem como as posições do exercício.
E não importa a série, além da respiração, todo exercício SEMPRE trabalha a abdominal.
O corpo fica bem feminino e delineado.
O Pilates me ajuda muito até e quando não tenho aula na semana, meu corpo reclama e sente a sua falta.
Recomendo Pilates a todos que não se acostumam com o ritmo frenético da musculação ou qualquer outra atividade na academia: vocês ficarão apaixonados pelo Pilates, igualmente.

 

 


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O poder de um novo sapato

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Fico duplamente maravilhada com o poder de um novo sapato. Devo acrescentar salto alto.
Freud explicaria que desde de criança, eu tenho absoluta paixão pela Cinderela (quando pequena adorava faxinar e varrer a casa – alguns dias ainda exerço a função de Amélia em casa, quando minha mãe viaja – são os encargos de filha mais velha).
E assim, permaneci fascinada por sapatos. Adorava usar a minha sapatilha de balé que me ensinou a equilibrar sobre um salto perfeitamente.
Foi a melhor lição: empinar o pé para trabalhar a panturrilha resistente a aguentar firme e elegantemente o salto alto.
Algum tempo depois, surgiu Carrie Bradshaw e meu complexo por sapatos sentiu-se realizado: alguém (uma nova iorquina cheia de estilo – um tanto peculiar e próprio), também era enlouquecida por eles!
Pronto: minha paixão ficou justificada, ao menos para mim.
Quando entro em uma loja de sapatos com diversos modelos e cores fico realizada, igual a uma criança em uma loja de brinquedo ou de doces. Se bem que tenho esta euforia quando entro em uma livraria, um sebo ou uma loja de maquiagem (estes temas ficam para outro post, prometo).
De igual modo, estarei sempre à procura de um salto elevadíssimo que dos meus 1,595 m (favor não desprezar os 0,005 m – fazem toda a diferença: que com o Pilates espero chegar aos 1,60 m) consiga ficar mais alta que a minha Little BIG Siz.
Sou complexada por ser baixinha, não curto.
Por muito tempo, tive profunda aversão a sapatilhas (com exceção daquelas da minha época do balé) ou qualquer outro sapato sem salto. Tênis?! Nem pensar!
Só uma mulher para entender que quando você coloca um sapato maravilhoso de salto alto, você muda seu estado de espírito.

Post em agradecimento a Little BIG Siz por me compreender e tolerar minhas histerias em lojas, como também patrocinar e incentivar este meu vício por mais de 24 anos!

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Superação

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Nunca imaginei confessar que me decepcionei muito, pois dos caminhos que havia traçado para minha vida não cumpri praticamente quase nenhum.
A vida me levou para o caminho oposto. Mais torto e de difícil percurso, não obstante, de algum modo, surpreendentemente, optei em arriscar-me para superá-lo.

Cheguei até mesmo duvidar de mim, das minhas escolhas, do sentido da vida que levava e levo, bem como duvidar quem eu era, pois não me reconhecia mais e estranhava muito aquela pessoa que o espelho refletia.
Aceitei. Encarei. Bati de frente com o muro diversas vezes.

Quando enfrentei esta decisão,  percebi que mudei sim – não tenho certeza se foi uma melhoria. Por enquanto, tenho a consciência de que os meus planos foram alterados e adaptados para serem modificados à dura realidade pela qual me foi imposta.
Não está tudo bem, mas estou ok.
Hoje posso desabafar que fiquei um pouco mais serena e em paz com o meu passado.
Aprendi reconhecer as minhas falhas e os meus defeitos. Tenho uma tendência a reclamar demasiadamente quando me sinto um tanto confortável.
Esta negatividade só atrapalhou. Já chorei muito por quem não merecia, por situações irremediáveis e por inúmeras fatalidades que ocorreram ao longo destes últimos cinco anos. Os meus choros foram rios e mais rios (acredito que se fosse computar tanto o quanto chorei seria possível considerá-lo um oceano).
Por isso que hoje prefiro o humor.
Um sorriso abre muitas portas. É contagiante.
Encontrei a tranquilidade (para alguns estou mais “zen” até demais). É, quem poderia imaginar que um dia eu seria tão inerte? Francamente?! Nem eu consigo imaginar isso.
Talvez seja esta razão de estar em constante luta com esta realidade uma vez que gostava daquela agitação.
Não tenho  mais a energia para combater as divergências. Atualmente, abandono e deleto.
Algumas cicatrizes infelizmente permanecem. 

Reconheço que conquistei muito já. As minhas atuais metas foram postergadas para um prazo mais condizente com a minha realidade. Um dia chegarei lá.
E até lá, estou admirada com as minhas decisões (sei e confio que sejam as acertadas), pois estou aguardando o meu arco-íris se formar no horizonte haja vista que a tempestade perdurou por um tempo bem exagerado.
Se eu literalmente entrei numa jaula  com mais de oito tigres soltos, acariciei e dei leite em um, eu posso enfrentar qualquer coisa! FATO!!!

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Decidi pelo humor e você deveria fazer o mesmo

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Pelo visto, tem gente que não aprende mesmo. É tão revigorante superar e seguir em frente.
Sei que você me rodeia, fica me vigiando, me julga, procura saber qualquer coisa que seja sobre mim, tentando me acompanhar, porém, para seu desencanto, não sou novela. Atualmente, nem me identifico mais ou comparo minha vida ao dramalhão digno de novela mexicana.
Como eu te conheço bem, infelizmente, para minha sorte e seu azar, sei que você estava querendo finalmente que eu escrevesse sobre você. O seu ego chega antes de você nos lugares. Eu sempre fico sabendo de tudo, não procuro, as informações chegam a mim, pois quem gosta de mim, fica indignado com as suas atitudes.
Você ficou preso na adolescência.
Tinha prometido a mim que não escreveria sobre você ou que aconteceu. Me traí.
Pensei em deletar isso, como eu fiz com você da minha vida, mas salvei o rascunho porque, modéstia a parte, o texto ficou um ótimo final para esse desabafo:

Decidi pelo humor. Sério, não estou para brincadeiras.
Ironias a parte, ri muito hoje com uma situação que já se perpetua há alguns anos e por muito tempo, me incomodou muito.
Igualmente, tenho a consciência que surtava e com ela eu incomodei muitos, alguns merecedores e outros, nem tanto.
Ficava muito irada com o que acontecia e ia levando como podia.
E hoje sem mais nem menos, o passado tentou me assombrar. Ou melhor, a mim não, porque como o fantasma se tocou que o seu efeito não me causa nenhum espanto. Tentou diferente, procurar me rodear, pretendia entrar na minha zona de conforto. Coitado.
A sua fracassada tentativa novamente não surtiu a sua pretensão. Muito pelo contrário (antes eu, firme, rebatia, discutia, brigava, julgava, testava até onde conseguiria me manter, acabei optando pelo silêncio e pela distância), tive uma crise de risos como não tinha há tempos – nem me lembro quando ri tanto, olhem que eu ri muito e sorri muito também nos últimos tempos.
Decidi pelo humor, como venho pregando. Divertir-se apesar dos pesares. Ficar completamente livre e descontraída para me preparar a rir dessas situações, pois aprendi que certas coisas não mudam, nem certas pessoas.
Contudo, sigo muito feliz por ter feito a melhor decisão ao me afastar de quem só me fez mal.
Decidi que com você só no humor para me manter afastada. A minha felicidade ou simplesmente eu viver bem te incomoda. É fato comprovado já.
Por fim, só lhe peço que continue a manter distância de mim, o meu sorriso pode te abalar e suas provocações são patéticas, demonstram apenas que estou certa. Sempre tive a razão nisso. O pior de tudo isso é que todos sabem e concordam comigo.
Decidi pelo humor e você deveria fazer o mesmo.

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