Arquivo do mês: agosto 2012

Fernando Pessoa

“Não importa se a estação do ano muda…
Se o século vira, se o milênio é outro.
Se a idade aumenta…
Conserva a vontade de viver,
Não se chega a parte alguma sem ela.”

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A impontualidade do amor

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. 
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa? 
 Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio. 
 O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa. 
 O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito. 
 A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir “eu te amo” num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender.
 (Martha Medeiros)

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Brian Weiss

“Para cada um de nós, existe uma pessoa especial. (…)  Podem parecer diferentes, mas nosso coração reconhece. O reconhecimento da alma pode ser sutil e lento. (…) Ou pode ser da pessoa a quem amamos, que atravessa séculos para nos beijar mais uma vez. ” 

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Inspirações para shows e afins

Com tantos shows bacanas e eventos afins acontecendo (Maroon 5, Alanis, SP trip, GNO), selecionei algumas ideias que pretendo colocar em prática:

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Fotos: Reprodução.

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Fases de uma libriana

A pior coisa que possa acontecer a uma libriana é lhe apressarem a tomar uma decisão.
Resultado? O tiro sai pela culatra e aquela libriana prudente, se esquiva da decisão. Já aprendi a lição de que não se deve tomar decisões no clímax da ansiedade.
Nestes casos, as fugas sobrepõem-se a silêncios constrangedores. O assunto acaba, da mesma forma pela qual a vontade de permanecer naquele local.
Portanto, captei a mensagem e sabia que estou no meu tempo absorvendo talvez como criar a coragem que me falta. Tenho dúvidas, não me pressione, arriscar novamente é preciso ter certeza de mim.
E por enquanto, infelizmente, não acredito que seja o momento ideal. Bem sabe você o quanto eu emperro, você também tem seus bloqueios.
Refleti muito no quanto me sinto plenamente confortável quando você está por perto.
Afinal, não me culpe, porém, esta seria a  sua quinta ou sexta tentativa. Sim, eu fiz as contas de toda a história superada – contabilizando os diálogos, as oportunidades desperdiçadas, as lágrimas, a confiança, os risos, a intimidade… e sinceramente me paraliso com o receio de perder isso que me é tão precioso.
Mais de uma vez, arriscamos e perdemos, ter que aprender a viver sem você, me deixou profundamente abalada (como sei que também foi para você), apenas sobrevivi até o nosso reencontro. Ainda é dolorido pensar nisso.
Por isso, não cobre um posicionamento definitivo, não atingi o ato sublime da vida adulta, pois a maior das minhas angústias reside na possibilidade, mesmo que ínfima, de te perder.
Já perdi uma vez e não gosto nem um pouco da sensação. Não estou pronta para enfrentar os riscos de um rompimento definitivo, ao passo que também não é o meu momento de arriscar.
Só peço-lhe que aguarde mais um pouco até resolver meus questionamentos e estar convicta de que não te perderei jamais.

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Ana Jácomo

Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum.
Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheiras, a maquiagem perfeita, a barba atualizada.
É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado.
Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio.
Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro.
Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. A empatia pode ser uma grande aliada do amor.

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Às vezes, eu me esqueço que…


Às vezes, eu me esqueço que…
… posso ser legal;
… não sou a detentora das saudades;
… sou dura com quem me magoa;
… ainda sinto-me culpada com meus erros;
… minha ansiedade pode me prejudicar;
… não perdoo traições;
… atitudes me conquistam mais do que palavras;
… o quanto você me conhece ao ponto de sacar quando não estou bem;
… simplicidade me encanta;
… manter a serenidade a meio do turbilhão de pensamentos que me permeiam;
… escondo sentir sua falta;
… luto diariamente comigo mesma;
… combato stress com bom humor;
… ser adulto é viver com as decisões tomadas;
… o quanto eu sou tão só;
… um dia não tão distante (assim espero), eu gostaria de compreender o porquê de não dizer o que eu sinto a quem importa.

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Sensações…

Você não sabe muito bem o que fazer com tudo o que sente? Não sabe como compartimentalizar e nem como deletar as sensações que já não quer mais que façam parte de você?
Sinto muito, mas “delete”, “erase”, “undo”, são palavrinhas mágicas que só funcionam no seu computador, que tem a prerrogativa de ser formatado inclusive. A ciência é tão avançada e formatam-se máquinas, mas formatar um coração que é bom…
Vou contar uma história vista pelos olhos de uma pessoa que se diz racional e que não quer sentir nada; quer racionalizar tudo, medindo prós e contras, praticamente uma Miranda do Sex And The City.
Ela sorria sozinha. Ela estava acostumada a estar sozinha. Ela sorria sem querer, ao invés disso, chorar. Ela sabia que o amor existe, mas que provavelmente não era para ela. E mesmo assim…
Certo dia alguém cruzou o caminho de Miranda (vamos chamá-la assim), despretensiosamente – ao menos foi o que ela se fez acreditar – e este alguém percebeu que ela era uma pessoa de emoções contidas, escondidas atrás de muros erguidos dia após dia, ao longo de uma vida de gostos e desgostos. Os muros eram altos demais, punho cerrado, guarda erguida e o guarda nunca dormia.
Percebeu também que seria um desafio derrubar o tal “Muro de Berlim” que ela construiu e acabou gostando da ideia de tentar o que nunca havia sido imposto, pedido ou oferecido a ele.
Simplesmente a pessoa começou a puxar papo com o guarda do “Muro de Berlim”; logo, tornou-se amigo, confidente, e as espiadelas pelos vãos dos tijolos tornavam-se frequentes.Até que, com a ajuda de quem construiu o muro sozinha, Miranda, trouxe abaixo toda aquela estrutura até então por ela conhecida. Ela não estava mais em terreno firme e seguro, pelo contrário: ela estava refém do inesperado, refém do que ela mais detestava, mas por medo, que era deixar que soubessem o que ela sentia. Miranda viu-se nua, sentiu-se nua, e, incrivelmente, confortável com esta ideia depois de um tempo… Até que…

…Back in the day, I can recall that

My thoughts were unclouded and sage

There was no black staining the walls of my memories…

O tempo passou e, concluído o desafio, tijolo por tijolo retirado, tudo mudou. Miranda, desnuda e despida do que a ela era conhecido, se viu sozinha no meio do palco onde o canhão de luz só apontava em uma direção… na sua. O tempo, que tem o mesmo compasso, não passou no mesmo passo para os dois.

… Now there’s a haze pushing me sideways

And leaving me nothing to gain

Taking me back, locking me cold in disparity…

Ao final, só doeu. Minto; seria injustiça dizer que não havia nada de bom em tudo o que aconteceu, todo conto de fadas da Era Contemporânea não necessariamente possui um final feliz, porem, partes felizes existiram. Havia carinho, admiração, planos, elogios sinceros, risadas rasgadas… havia amor, a lembrança de olhos claros arrebatando um coração castanho acostumado a estar sozinho. Pronto. Ninguém pode acusar Miranda de ser injusta e nem de omitir uma parte da história.

…Color declines, all that defines me

Is falling away, far behind

Nothing to keep me with the time, the here and now

Where am I meant to be?

I feel I’m lost in a dream

Yearning again only to be myself…

Emoções…
Emoções desencontradas e um coração dilacerado, ainda que sem querer, compõem o status atual de Miranda, constituindo o saldo final da operação sentimental que ela não pediu para participar mas, sem perceber, acabou sendo protagonista.
A mesma pessoa que um dia derrubou o “Muro de Berlim” vem ajudando a construir…  a “Muralha da China”.

…Time is just a concept

And always the first thing to fade

Agony and weakness

Nothing we can ever evade…

E não… não existe razão de orgulho quando partilho esta história. Relacionamentos são tão frágeis, tão imaculados, que existem pessoas que jamais saberão cuidar bem de um ou nunca poderão vivenciar um em sua plenitude posto que são incapazes de amar e se deixar amar.

…Freedom for me is all I’m really wanting, needing

Give me power to break out

I can’t hold on for any longer

My time has come to end it all…*

Pode ser que eu que acabei de contar a história de Miranda seja uma dessas pessoas que não sabe amar ou que não sabe se deixar amar… não sei se sou. O que sei é que, assim como Miranda, ordenei ao meu guarda que não dê trela para nenhum andarilho, sob pena de um coração que só foi feito para bater, voltar a apanhar.

* Trechos retirados da música Unleashed, da banda Epica

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EXTRAvaganza

Quem me conhece, sabe que sou apaixonada por maxi colares. Eles dão um toque especial a uma roupa.
Abaixo seguem alguns exemplos:

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Fotos: Reprodução.

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Tati Bernardi

 

“Com o tempo a gente aprende que atenção, carinho e blush tem que ser na medida certa. Se não, a gente acaba parecendo uma palhaça…”


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